A Educação Superior no Brasil é uma concessão do Estado. Do ponto de vista das faculdades públicas, a sua manutenção tem vem de cofres públicos e os argumentos são os de gestão pública. No segmento privado, há uma crise porque o sustento da indústria vem da venda de serviços, não de uma verba pública. Sendo um mercado no sentido clássico da palavra, há concorrência entre os empresários, assim como qualquer outra indústria. E, o público alvo nesse mercado está com um comportamento que é coerente com o que ocorre nos outros mercados competitivos.
A estratégia para mercados competitivos foi analisada pelos pais da ciência da Administração, mas a característica social do mercado educacional do seu impacto social é um diferencial que transforma o serviço entregue (educação) em uma missão crítica para a sociedade porque ela demanda profissionais preparados, mas não entrega os novos alunos com formação suficiente.
Ao mesmo tempo, os novos alunos estão recebendo uma enorme carga cognitiva vinda das inovações tecnológicas que colocaram nas suas mãos (celulares) acesso a toda a base de conhecimento do mundo.
A faculdade deixou de ser a única fonte de conhecimento, mas ainda mantém seu papel de desenvolver pessoas com raciocínio crítico. O que forma o futuro bom profissional, afinal, é ir além da transferência de conhecimento explícito, porque isso é facilmente aprendido por meio das mídias digitais.
Existem 3 estratégias genéricas possíveis para mercados competitivos: competir em preço, competir em qualidade ou diferenciação.
Quando as faculdades atuam no mercado competindo em preço, a queda de qualidade é inegável. Isso significa menor investimento em atividades mais onerosas e que, no geral, são as que formam justamente o raciocínio crítico e outras competências de alto nível. Essa opção, normalmente, compreende que o seu produto ou serviço é uma commodity, ou seja, todos entregam a mesma coisa. É comparável a se falar em café, que é uma commodity com preço idêntico, e não importa o produtor. Nessa estratégia, as faculdades conquistam muitos alunos e têm alta evasão justamente porque os alunos percebem claramente que estão conquistando apenas um diploma, não as competências desejadas pelos futuros empregadores. O curso e cada uma das disciplinas não têm significado para ele. E isso, quando se trata de ensinar adultos, é um problema grave. Os adultos estudam porque querem algo no futuro, não porque seus pais mandaram – essa é a diferença entre homens e meninos, como disse alguém. O estudo é considerado uma chance para um sonho.
Outras faculdades optaram pela qualidade. Seria o mesmo que comparar o preço do café commodity (menos de R$ 300 reais a saca de 60 quilos) com o café gourmet (cerca de R$ 1.000 a saca). Ao fazer isso, não medem esforços para entregar o melhor serviço (educação) para seus clientes (alunos). Cobram caro por isso e sabem disso, os alunos pagam caro por isso e sabem disso – a justificativa é que há segurança de que serão profissionais disputados no mercado de trabalho. O problema disso é que se conquista um número de alunos menor. A evasão é menor e causada por problemas de ordem pessoal dos alunos, normalmente dificuldade em pagar pelo serviço. O estudo é considerado um investimento.
Em termos de rentabilidade da indústria, as duas estratégias são rentáveis embora diferentes no seu tamanho em número de alunos e volume total de faturamento.
A terceira estratégia é a da diferenciação. Comparando, de novo, com o café, seria o mesmo que se falar do café jacu (a partir de U$ 1.000 a saca). Ao se fornecer um serviço diferenciado, obtém-se melhores resultados de percepção de qualidade do serviço pelo cliente (aluno). Isso atrai mais clientes e aumenta a fidelidade (retenção).
Entendemos que a diferenciação da Educação Superior no mundo atual acontece de várias formas, mas nenhuma ainda é vencedora. São gastos milhões em investimento em tecnologia e inovação, mas pouco se provou a respeito de resultados genéricos. As melhores ferramentas de ensino existentes são excelentes em ensinar o conteúdo de um ponto de matéria, mas ineficazes em fazer a diferenciação desejada para todo o curso. Chega a ser estranho que justamente a área que produz os cientistas não tenha produzido bons analistas estratégicos da indústria da educação.
Do ponto de vista epistemológico, está faltando analisar se realmente adotar novas estratégias didáticas é a melhor solução, será que a melhor solução não seria diferenciar o serviço da educação adotando uma nova abordagem didática? Por exemplo, ao se adotar a aula invertida ou uso de simuladores, isso é uma estratégia didática; ao se adotar a aprendizagem vivencial, tem-se uma abordagem didática. Mas, alterar a abordagem didática inclui pesados investimentos principalmente em formar novamente os professores que já estão estruturados na abordagem atual e convencer os futuros alunos que essa é a melhor solução. Assim, incluir estratégias didáticas é insuficiente porque afeta apenas pontos de matéria e mudar abordagens didáticas é inviável economicamente porque requer investimentos que não estão disponíveis e inclui convencer os futuros clientes (futuros alunos) que é a melhor opção. Ou seja, não é uma boa opção adotar essas mudanças como forma de diferenciação.
Mas, a solução vem de onde não se espera, como tudo o que acontece na História. No Brasil existe um requisito requerido pelo MEC que é a Atividade Curricular Complementar (ACC). Uma de suas vantagens é permitir a inclusão da formação de competências que têm significado para o aluno. E, no caso do aluno adulto, o significado está no resultado que ele espera: emprego e renda. O que cumpre melhor esse diferencial é aprender Empreendedorismo, principalmente porque é aplicável para todas profissões – nesse sentido é um aprendizado genérico, não é específico para um ponto de matéria, nem para um curso, nem para uma profissão.
Ao usar Educação Empreendedora (diferencial) para entregar o real significado do curso para ele (necessidade do cliente), está se obtendo uma vantagem competitiva (mais alunos, maior fidelidade) por meio de diferenciação (a nossa terceira estratégia competitiva). Ao se fazer a diferenciação em uma ACC, a estrutura do curso não se altera, o que se faz é usar o ACC como complemento do curso.
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