top of page

Liderança no Consenso no condomínio

Atualizado: 10 de fev.

Liderança no consenso

A gestão do condomínio usando consenso como regra geral de convivência entre o síndico e algum Conselho do condomínio é algo não previsto pelas Leis e Normas relativas ao condomínio. Consenso no condomínio não pode ser uma amarra no síndico.

Mesmo assim, não é raro que algumas “chapas” em concorrência para eleger síndico em condomínios se organize com a cessão do poder do síndico para um consenso entre todos do conselho juntamente com o síndico.  Ou seja, a proposta negociada foi resumidamente numa relação que é potencialmente lesiva ao condomínio e ao síndico.

Entenda isso passo a passo.

O síndico só executa se houver consenso entre todos os que se autodenominam grupo gestor. Portanto, o síndico não faz o que deseja, mas o que o grupo de pessoas determina. Mesmo que o síndico, que passa 24 horas por dia nos 7 dias da semana recebendo todos os problemas ocorridos no condomínio, ele não pode atuar de maneira incisiva – deve aguardar a decisão consensual de um grupo que não está convivendo com o dia a dia do próprio condomínio.

Ao mesmo tempo, se acontecer qualquer problema que tenha consequência jurídica, o único responsável civil e criminalmente é o síndico.

Esta situação vai contra o que os Legisladores propuseram quando criaram o artigo do código civil que determina que a função do Conselho Fiscal é fiscalizar, não é assumir para si a tomada de decisões. Mesmo quando abre a possibilidade que outras atribuições sejam dadas ao Conselho Fiscal, isto teria que ser determinado nas Convenções do condomínio. Mas nunca tive notícia de alguma convenção atribua tomar decisões como papel dos membros do conselho.

A consequência desta atribuição de tomar decisões para os membros do Conselho fazem com que eles também sejam responsabilizáveis sobre as consequências das decisões e isso ninguém quer. O consenso geral é que o síndico é o único responsável.

Assim, resta ao síndico tomar uma atitude de compreender o papel correto do que é ser líder e atuar no sentido de que ele não deve obedecer ao consenso, mas deve conduzir as pessoas para o consenso, quando isso se tornou obrigatório por acordos pessoais.

O síndico atuando como um formador de consenso, mais do que um executor do que foi decidido por todos obtém mais resultados, isso é fato.

Por outro lado, uma questão que pessoalmente convivi é que ao se tentar obter o consenso, nem sempre a decisão resultante é a melhor. Um exemplo interessante disso é analisar a recuperação econômica enorme que o Japão e Alemanha obtiveram nos anos seguintes à II Guerra Mundial.

Muitos dizem que foi resultado do Plano Marshall que possibilitou investimentos dos Estados Unidos na reconstrução destes países. Mas o que se nota é que em (muitos) outros países, isso não funcionou (França, Inglaterra, Itália, por exemplo). A explicação mais razoável diz respeito ao fato de que naqueles que obtiveram sucesso, os grupos de interesse que brigavam entre sie atrasavam o desenvolvimento nacional, foram destruídos também.

Na Alemanha e Japão, com o desmantelamento dos grupos de interesse, os países passaram a não necessitar mais das negociações entre grupos de interesse, e passaram a decidir de maneira direta pelos dirigentes.

O mesmo ocorre nos condomínios. Os grupos de interesse acabam se movimentando em interesses próprios e o síndico fica amarrado em decisões necessárias que não poderão ser tomadas para não criar conflitos.

Consenso no condomínio

A solução que funciona é o síndico atuar como um direcionador para o consenso que deseja e não ser um executor de uma solução negociada com concessões.

Por exemplo, em um condomínio existiu o consenso de que a Administradora deveria ser substituída, mas na negociação um grupo com mais pessoas decidiu qual seria a próxima a ser contratada, deixando vencida a análise do síndico que indicava outra. O resulto foi sofrível pois o síndico teve que suportar a baixa qualidade dos serviços e para piorar foi acusado pelo mau desempenho das funções da Administradora, como fosse sua a culpa disso.

Em resumo, o candidato a síndico deve, desde sua proposição de candidatura, avaliar o quanto pode ceder e usar sua proposta de gestão como forma de manter sua linha de atuação.

Ao formalizar um “plano de governo” já deve incluir como será a relação com a comissão, de maneira formal, ou seja: “por escrito”, para que nada se perca durante o processo de eleição e início de mandato. Nada como deixar tudo muito bem entendido antes para não se lamentar depois.

O que o Conselho Fiscal precisa fiscalizar

Na prática, uma pesquisa realizada internamente, mas com critérios razoavelmente aceitáveis, mostrou que o Conselho deve responder às seguintes perguntas que são as que qualquer condômino faria sobre as famosas Pastas Mensais de prestação de contas do síndico:

O que está sendo cobrado pelo condomínio?

  • O que foi recebido pelo condomínio?

  • Qual tratamento é dado para os que não pagam o condomínio?

  • Com o que o condomínio gasta?

  • O que não foi pago e por qual motivo?

  • Do que foi desembolsado, o que ultrapassa o que a assembleia decidiu?

  • Existem valores a pagar nos próximos meses de contratos existentes?

  • Existem créditos a receber no condomínio, além dos atrasados e inadimplentes?

  • O condomínio possui alguma negativação?

  • Os comprovantes de gastos são válidos?

  • Posso confiar nos relatórios?

  • O condomínio tem dívidas fiscais?

  • O que foi cobrado está sendo usado para a finalidade que foi aprovada na assembleia?

  • Temos pendências judiciais?

  • A prestação de contas segue as formalidades necessárias?

Essa lista foi produzida com base em perguntas de Conselheiros e Condôminos anotadas ao longo de 30 anos na atividade de Auditoria da Administração Condominial, que fazemos profissionalmente.

É isto que o curso Condomínio Transparente ensina. Clique aqui e veja mais.

Quando o síndico vira refém do consenso do conselho, as decisões travam, a gestão enfraquece e quem paga o preço é o próprio condomínio. 😤

💡 O síndico não está ali para obedecer, mas para liderar e conduzir para o melhor resultado. E o conselho? Deve fiscalizar, não mandar!

🔑 Quer saber como evitar esse erro e ter uma gestão eficiente, sem conflitos? O curso Condomínio Transparente te mostra o caminho.

 

 


 
 
 

Comments


Gostou? Compartilhe

AUDITOR ADMINISTRATIVO DE CONDOMÍNIO

Relatório de Auditoria Administrativa para prestação de contas anual, preventiva ou retroativa feito por Perito Auditor

Conheça também os livros da
Coleção Síndico administrador

Condomínio
Organização no condomínio
Transparência no condomínio
Controle no condomínio
Manutenção no condomínio

©2005-2024 Orgulhosamente criado pela Newis Cool.

Newis Cool Tecnologia Educacional Ltda CNPJ 30.264.332/0001-44

Av. Dra. Nadir Aguiar, 1805 Ribeirão Preto – SP – Brasil 14056-680

SUL: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba
SUDESTE: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Guarapari, Ribeirão Preto, Campinas, Santo André, São Carlos, Peruíbe, Bonfim, São José do Rio Preto
NORDESTE: Fortaleza, Recife
CENTRO-OESTE: Brasília,Guarulhos, Londrina, Piracicaba
NORTE: Rio Branco

指导管理员成为审计员

bottom of page