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Foto do escritorLuiz Antonio Titton

Passo a passo para achar e testar ideias para novos negócios

Muitas ideias e nenhuma parece se boa o suficiente para nos dar aquela vontade e determinação suficientes para começar, faltam ideias para negócios. O problema pode ser como fazer uma lista inicial. É uma boa ideia fazer a lista e analisar para ver qual realmente tem chance de sucesso.

É importante que você, antes de seguir nosso passo a passo, olhe as 3 tentativas que selecionei para entender porque esse roteiro que apresento tenha valor para você e, realmente, ajude a encontrar boas ideias que combinem com você, além de serem boas para fazer dinheiro.

Fizemos uma pesquisa na internet sobre muitos sites com ideias de negócios. Isso não falta, tem mais sites sobre ideias do que os que explicam como escolher um negócio que combine com você, além de ter chance de fazer dinheiro.

Esqueça aquelas falsas afirmações (fake, mesmo) que dizem que você pode abrir um negócio que outro está ganhando muito dinheiro. Se fosse assim tão simples, todos ficariam ricos com esse mesmo negócio – isso é algo para você pensar: se o negócio é bom, então porque tem muitos que não conseguiram “ir pra frente com ele”?

A resposta é muito simples: o negócio que você vai abrir tem que ser algo que você goste, sinta-se feliz em estar trabalhando naquilo por anos a fio, sem sentir aquela sensação de estar trabalhando, mas de estar apenas fazendo algo que gosta. Também tem que fazer dinheiro, mas isso é a parte mais difícil porque não depende de você, depende do mercado comprar ou não o que você entrega.

Vou mostrar 3 tentativas que fiz para descobrir ideias de negócio, é bom você conhecer essa trajetória para ver porque estou propondo um passo a passo que vai direto ao assunto, em vez de buscar ideias prontas, seja onde for:

Tentativa 1 – olhei o site do SEBRAE

Então, comecei a busca pela ideia de negócio da forma mais simples: fui ao site do SEBRAE, Conheça as ideias mais populares. Clique aqui e vá lá ver que maravilha, mas volte aqui depois, porque tenho mais para contar. Tomara que você tenha tido mais sorte do que eu lá, algumas ideias que eu abri para saber mais não vinha nenhuma explicação, era só o título. Mas, quando vem alguma informação a mais, é limitada a questões formais: como abrir a empresa, quanto vai gastar, quantos empregados, enfim informações que falam sobre empresa, não sobre o negócio em si. Mesmo assim, é um bom primeiro passo, o SEBRAE é bem visto por muitos brasileiros.

Tentativa 2 – outro site muito bom!

Insistente, passei ao passo seguinte, procurando por outras opções de ideias prontas. Achei um site que oferece 50 ideias de negócios. Gostei da variedade, mas assim como o do SEBRAE, ainda senti falta de achar algo que “combine” comigo – parece que as boas ideias são todas em assuntos que eu teria que estudar para chegar ao nível de ser um empresário de sucesso nelas. Mesmo assim, achei lá um bom ponto de partida um pequeno simulador para a montagem do seu negócio – só que era tanto texto para ler e tanto vídeo para assistir até chegar no simulador, que desisti e, por isso, não posso opinar sobre ele.

Tentativa 3 – Recorri à Globo

Achei até um vídeo que serve de motivação para abrir um novo negócio, apesar de ser da Globo, não há dúvida que eles fazem uma produção bonita e já estão incentivando (do jeito deles) o empreendedorismo no Brasil faz décadas. No vídeo que achei, eles realmente dão aquela vontade de fazer algo e dão algumas boas ideias.

Conclusão, eis o passo a passo para achar boas ideias

Então, depois de alguma (longa) frustração, pesquisei os gurus sobre geração de ideias para startups, ligados às áreas de inovação de países desenvolvidos para chegar nesse roteiro:

Passo 1 – Reconheça suas competências

Faça uma lista com o que você sabe fazer. Não é um currículo para apresentar para os outros, é uma lista para você usar, então você deve incluir até coisas que faz para se divertir. Então, não se sinta limitado a pensar em coisas importantes ou com status, você não quer importância ou status, você quer fazer dinheiro, certo?

Passo 2 – Ouça os outros

Inclua nessa lista coisas que as pessoas pagariam a você para fazer se você tivesse um negócio. Sabe aqueles elogios que você recebe sem pedir por algo que você fez porque quis e não porque alguém mandou? Essas também valem para essa lista. Dessa forma, eu, pessoalmente, já passei por uma situação em que durante anos eu me achava um administrador financeiro e todos diziam que eu era um excelente especialista em Tecnologia de Informações (informática). Enquanto eu neguei, eu continuava só como empregado e sem muitas expectativas de vida.

Ocorreu uma situação em que me pediram para fazer um serviço avulso (free-lancer) de informática e aceitaram o preço (absurdo) que eu pedi. O que me chamou a atenção é que quem pediu era um gerente de uma equipe de informática e não uma pessoa qualquer. Assim, eu imprimi 100 cartões apenas dizendo: “assessoria de informática”, meu nome e fone. Então, eu havia começado uma carreira de negócio próprio simplesmente porque eu aceitei o que os outros diziam de mim, e não o que eu achava de mim. Concluindo, o pulo do gato nesta estória é que isso é algo que pagam para eu fazer, até mesmo sem que eu ofereça.

Passo 3 – Em quê eu sou certificado

Vale incluir o que você fez em algum emprego e, também, o curso que está fazendo – afinal se você está fazendo um curso, é presumível que seja para adquirir mais uma competência, além do diploma (lógico). Aí, é com você colocar como uma competência, o fato de ser formado, diplomado ou estar estudando algo.

Passo 4 – Durma com a lista na cabeça

Você deve se esforçar para listar pelo menos 10 ideias para ter material para trabalhar – não tenha dó, nem se restrinja fazendo só ideias que você acha que são boas e ignorando ideias que ache horríveis, isso será analisado depois, agora é hora de listar – sem avaliar nem julgar nada. Sugiro que você faça essa lista, leia antes de dormir e continue no outro dia. Você terá tempo para lembrar mais competências. Quanto mais tempo demorar listando como foi explicado nos passos anteriores é melhor porque justamente a melhor ideia pode ser aquela que você menos dá valor – essa pode ser a ideia que outros dariam tudo para que você vendesse.

Passo 5 – Encerre a lista para depois começar a decidir

No dia seguinte, você deve encerrar a sua lista – não acrescente mais nada. O segredo para o sucesso é você não ficar buscando novas ideias enquanto analisa e fecha em 4 melhores ideias. Você vai fazer essa seleção na próxima etapa, então não tente fazer isso agora porque ainda não te passamos como fazer a escolha, ainda.


 

3 dicas para criar uma hipótese inicial da startup

Muitas vezes as startups são questionadas sobre qual é a sua hipótese de negócio. Essa é uma questão fundamental em toda startup e até sugiro que seja um dos fatores que faz uma empresa desse tipo ser diferente das comuns. Com certeza, a criação de uma hipótese inicial de startup é basicamente a explicação do por que a ideia de negócios pode ser atraente. Dessa forma, durante o desenvolvimento da startup isso vai ser comprovado e justificar investimentos, ou não.

Dica 1 – A hipótese inicial da startup não é imutável

A primeira dica sobre a criação da hipótese é que ela é apenas uma suposição. A propósito, o fundador da startup imagina que o mercado consumidor tem uma necessidade e que sua proposta de serviço ou produto irá ter sucesso como negócio.

Aí entra o desenvolvimento da startup para ver se isso é verdade. Por isso, o nome desse processo é validação da hipótese. Por isso, existem métodos para fazer isso e a cada passo é verificado se continua fazendo sentido a hipótese. De fato, o motivo é simples: ninguém quer perder tempo e dinheiro com uma ideia que está se mostrando como improdutiva. Assim, não faz sentido isso nem para o fundador da startup, nem para o investidor.

Então, podemos afirmar sem medo que a hipótese inicial da startup é uma parte da ideia que pode mudar e que quanto mais ela mudar por causa do resultado dos passos para confirmar sua viabilidade, melhor é.

A própria palavra hipótese traz a ideia de algo que vai ser testado. Isso porque é uma afirmação que você pretende verificar se é verdadeira. Então, se for confirmada, significa que sua ideia pode se transformar em uma startup com boas chances de sucesso.

Você pode ter uma boa ideia já pronta ou tentar buscar boas ideias para seu negócio. Dessa forma, uma vez que você já sabe qual é a ideia, escreva como uma hipótese e não como um fato verdadeiro.

Dica 2 – Descreva como sua empresa resolve o que o cliente quer resolver

Aí entra uma ideia importante que não pode ser deixada de lado. Desde o início, você deve pensar menos no produto ou serviço que pretende vender. Pense mais no cliente imaginando, nessa fase inicial, o que sua empresa está fornecendo para o cliente para ele resolver alguma coisa. Não pense no produto ou serviço, escreva o que ele pretende fazer que precisa de você.

Esse raciocínio é a forma de pensar de um empreendedor que realmente tem maior chance de sucesso e é a linha central de desenvolvimento das startups. O nome disso é “descubra o trabalho a ser feito”, em vez de procure clientes que queiram o que você quer vender. Isso é a Teoria Jobs To Be Done. Mas, nessa fase inicial, basta procurar descrever o trabalho a ser feito pelo seu cliente e, mais tarde, durante o desenvolvimento da startup isso vai ficar muito mais claro.

Por enquanto, para dar uma ajudazinha nessa dica, vou dar o exemplo da manicure. O que ela vende? Ela entrega uma unha feita ou um sonho? Na verdade, nenhum dos dois. Ela entrega parte de um trabalho que o cliente deseja que é estar apresentável para uma ocasião. Talvez uma pesquisa mais aprofundada revele mais sobre a ocasião e justifique a criação de uma startup que use alta tecnologia a laser com inteligência artificial para fazer a unha de uma maneira altamente direcionada para um evento especial. Mas, isso já seria o desenvolvimento da startup. A hipótese inicial da startup seria que existe demanda para unhas feitas com alta tecnologia.

Dica 3 – Inclua o persona na hipótese inicial da startup

Na sua hipótese inicial da startup deve existir quem é a persona. Entenda-se como persona o seu cliente ideal, a pessoa que você imagina que pagaria pelo seu serviço ou produto para ter um trabalho realizado.

É importante que você apresente isso de forma a saber qual é o mercado alvo que você pretende servir com sua empresa. Lógico que durante o processo de validação e desenvolvimento da sua startup essa pessoa vai mudar. Não tenha dúvida quanto a isso. A chance de você acertar precisamente na mosca logo no primeiro tiro é grande, mas é improvável porque você ainda não conversou o suficiente com muitas pessoas para formar uma ideia clara de quem será seu cliente ideal.

Mesmo assim, se você não definir quem será seu público alvo, na forma de uma persona, isso dificultará qualquer trabalho de validação.

Concluindo

Não se espera que uma hipótese inicial seja acertada. Na verdade, já notei que muitos investidores não se preocupam muito com a ideia inicial do empreendedor. Eles querem saber, muitas vezes, se essa pessoa tem ou não a capacidade de partir de uma ideia, fazer investigações criteriosas para desenvolver sua startup, ter capacidade de identificar erros da sua hipótese inicial e competência para corrigir o que for necessário. Enfim, uma pessoa que não se apegue à ideia, mas que saiba desenvolver uma ideia.

 

Primeira filtragem das ideias

Você já está com a lista de ideias de negócios pronta, agora é a hora de tomar decisões. E, no passo a passo seguinte iremos mostrar o procedimento para resolver o problema – afinal escolher sempre é algo difícil, ainda mais quando se tem tantas ideias e nenhum rumo definido.

Estabeleça critérios para escolher

No texto anterior vimos várias considerações. E, aqui mostramos alguns critérios para você usar nessa decisão.

Critério 1 – Eu conheço, eu domino

Se eu conheço um assunto, mais do que os outros, o suficiente para dizer que eu domino ele o suficiente para escrever sobre isso muitas vezes, em vários aspectos e com vários pontos de vista, essa ideia tem grande potencial. Afinal, eu só vou ser reconhecido como autoridade se eu tiver conteúdo sobre ele. Experimente perguntar para um pizzaiolo sobre a qualidade do queijo que ele usa para fazer cada pizza. Se ele não souber muito sobre isso, ele não é uma autoridade suficiente para escrever sobre o assunto e, talvez, nem seja mesmo um pizzaiolo.

Critério 2 – Eu participo, eu compartilho

Você já participa de redes sociais de pessoas que usam esse serviço ou consomem esse produto que está na sua ideia de negócio? Se não está, seria muito bom estar. E, se você não está, não sabe qual é o assunto mais falado, quais são as reclamações mais comuns e ignora seu cliente potencial.

Critério 3 – É um problema ignorado, não satisfeito ou mal resolvido

Se você está procurando por uma oportunidade, não deixe de considerar que a insatisfação leva os clientes a pagarem mais por um serviço ou produto que resolva melhor o que não está bem resolvido. Isso incomoda, traz frustrações e tudo isso pode ser um bom motivo para ser uma boa oportunidade para você. Lei mais sobre isso nesse link.

Enfim, o melhor negócio será aquele que satisfaz todos esses critérios, pelo menos. É um bom começo, não é? Adiante listamos os 3 passos que você deve considerar por enquanto.

Esse roteiro serve para mostrar uma forma simples de fazer essa tarefa. Vamos começar?

Organizando e já escolhendo

Passo 1: classifique suas ideias

Nesse processo, iremos ler a sua lista e cada vez que a ideia que você está vendo se encaixar em um dos 4 critérios abaixo, você deve colocar uma marca. Se você está usando a plataforma Newis.Cool, o melhor é você imprimir a lista que cadastrou antes ou ir anotando em uma folha de papel dividida em 4 partes as ideias nos quatro grupos. Se estiver usando uma lista fora do sistema, pode ser desse jeito também.

A ideia com esse processo é separar as ideias em quatro grupos, que são esses critérios:

  1. Critério 1: A ideia usa algo que aprendi no curso que fiz ou estou fazendo

  2. Critério 2: A ideia é algo que tem a haver com algo que já fiz como empregado

  3. Critério 3: A ideia é algo que alguém já me pagou para fazer

  4. Critério 4: A ideia é algo que eu tenho muita vontade de fazer

Veja bem: não estamos selecionando a ideia pelo quanto você pode ficar rico com ela, isso é visto na próxima etapa, não agora. Nesse momento estamos só classificando as ideias, para uma primeira análise.

Passo 2: escolha 4 ideias

De cada critério escolha apenas 1 ideia. Você deve fazer isso pensando naquela ideia que você acha que será a que você teria acesso a maior quantidade de clientes. Não importa como você faria esse acesso, estamos buscando em cada um dos 4 grupos aquela ideia que você conseguiria conversar com mais pessoas quanto possível antes mesmo de começar a entregar o que você for fazer como negócio.

Passo 3: Registre suas 4 ideias

Se você não está usando o sistema Newis.Cool ainda, é bom conseguir um caderno que caiba no seu bolso, com umas 50 folhas e escreva na primeira página suas 4 ideias. Se já estiver usando o sistema, vá na tela dessa tarefa e registre lá as 4 ideias em campos separados.

Nos próximos passos você irá testar o que você já tem em mãos.

 

Validar sua ideia de negócio

Você já tem as ideias de negócio selecionadas e nesse texto estão as orientações para validar e escolher a melhor ideia.

Relembrando: nas tarefas anteriores você fez uma lista (grande) de ideias (nessa orientação) e selecionou 4 ideias seguindo os critérios que mostramos (nessa outra orientação). Se você fez isso usando o sistema Newis.Cool, isso está registrado e você está indo para a tarefa seguinte que é validar a sua seleção. Se não está, use seu caderno de anotações para trabalhar com as 4 ideias listadas na primeira página.


Nesse momento, você vai escolher 2 entre as 4 ideias que selecionou para fazer a sua validação. Temos duas formas de fazer isso, escolha uma ou use as duas para tomar sua decisão, apresentamos como dois passos porque gostaríamos que usasse ambas para chegar a uma primeira decisão sobre seu novo negócio, usando o primeiro passo para escolher uma ideia e o segundo passo para escolher a segunda ideia. Depois de fazer essa escolha, iremos continuar.

Passo 1: escolha pelo potencial

A ideia de escolher as duas melhores ideias pelo seu potencial significa que você deve imaginar entre as quatro ideias qual a que tem possibilidade de ter o maior faturamento em um ano. Suponha que, começando agora, consideremos este primeiro ano, então o melhor deve ser adotar a ideia que você consiga por em prática, e neste prazo fazer o máximo de dinheiro com ela.

Passo 2: escolha pela audiência

Nessa segunda forma de escolher, vá na internet e procure no Google a sua ideia de negócio. Não tenha a menor dúvida que virão milhares de links para olhar. Faça uma nova busca fazendo pequenas alterações na forma de explicar sua ideia e com o mínimo de palavras possíveis. Para uma das 4 ideias, faça isso e leia o que aparece só na primeira página. Tem anúncios? Bom sinal – alguém acredita tanto nesse negócio que até paga para fazer negócios. As páginas que não são anúncio nessa busca são interessantes e fazem o que você está fazendo? É ótimo – você está fazendo algo que já existe e, portanto, pode não ser uma ideia tão absurda assim – pode ser até que dê certo. Ideias com poucos links e com poucas propagandas tendem a ser menos interessantes porque são muito inovadoras e com pouco mercado ou porque têm pouco mercado e ninguém quer aquilo. Então dá para você escolher uma das quatro como a outra ideia. Quando você fizer isso com as 4 ideias,

Lógico que se nas duas buscas a mesma ideia der empate, você não vai achar que deve ficar só nela – nessa etapa você precisa escolher 2 ideias, tá?

Passo 3: Prepare sua pesquisa de campo

Para continuar, volte ao sistema da Newis.Cool para registrar suas 2 ideias ou anote as duas no seu caderno. E, comece a fazer um roteiro para conversar com pessoas que seriam seus clientes para uma ideia e para a outra ideia.

Você ainda não irá fazer a pesquisa, mas tente pensar em como irá conversar com pessoas para descobrir: que necessidades dos clientes estamos atendendo? Quais são os problemas que nossa empresa consegue resolver? Que valor será entregue a eles?

Nessa tarefa você ainda não fará a pesquisa, somente está planejando a pesquisa. Na próxima tarefa estão as instruções sobre como fazer essa pesquisa.

 

Pesquisa e Foco no negócio

Chegamos a uma primeira definição no seu negócio: você tem que escolher entre 2 ideias aquela que você quer prosseguir para começar a trabalhar. Só para posicionar em que etapa você está agora: você tem 2 ideias de negócios que foram selecionadas usando as tarefas anteriores desse passo a passo, usando o sistema Newis.Cool ou fazendo no seu caderno de desenvolvimento. Essa tarefa é executada em 2 passos: entrevista e conclusão.

Passo 1 – Entrevista

Você já tinha pensado durante a tarefa anterior em algumas perguntas para fazer com seus futuros clientes potenciais. Mas, é importante você saber que nestas entrevistas você não deve tentar vender, não deve oferecer nada, não pode perguntar se ele compraria o seu serviço ou produto.

A ideia central é verificar se existe a chance de que ele sinta vontade espontânea de abrir a carteira e comprar sua ideia sem que você fale qual é o seu negócio e diferencial.

Para conseguir isso, preciso que você veja eu mesmo explicando como fazer isto no vídeo que está indicado na plataforma. Você deve anotar no seu caderno:

  1. as frases que foram usadas pelos seus entrevistados para descrever os seus momentos de maior empolgação sobre o serviço ou produto que você irá oferecer,

  2. as frases usadas quando eles demonstraram frustração ou angústia quando falam sobre a forma como são atendidos hoje

Essas frases você não deve anotar no sistema ainda, guarde-as por escrito, também. Mais adiante iremos usar essas mesmas frases para algo muito importante – que você irá saber quando chegar a hora, ok?

Passo 2 – Conclusão

Com base nas suas entrevistas, faça uma pontuação de importância – não importa se for de 1 a 5, ou de 0 a 100, para cada característica de produtos em que você percebeu maiores frustrações e angústias. Quanto mais angustiado ou frustrado o seu entrevistado se mostrar com a forma como resolve seu problema hoje, maior deve ser a nota.

Cada uma das suas 2 ideias de negócios irão conter várias demonstrações disso a respeito do que os prestadores de serviços ou produtos estão entregando aos seus futuros clientes. Dê uma nota para cada uma delas e faça uma média para saber qual das duas opções tem a maior nota final.

A maior nota é sugerida para começarmos a investigar se vale a pena como a sua ideia de negócio que será pesquisada e analisada mais a fundo.

Vamos entender o que significa essa conta? No vídeo que está na plataforma Newis.Cool explicamos que estamos buscando justamente onde estão as oportunidades de negócio. Os grandes mestres do empreendedorismo moderno, aquele mesmo usado por startups, afirmam que devemos procurar o que está sendo feito de maneira insatisfatória para entregar ao cliente algo melhor – aí está a chance de oportunidades de sucesso. Ulwick, no seu método Jobs to be done apregoa que atinge 85% de chance de sucesso seguindo esse raciocínio e, na plataforma, iremos avançar mais ainda com isso. Volte a ela e continue seu próximo trabalho.

 

Primeira hipótese de problema do cliente

Você completou as 4 partes anteriores para chegar justamente nessa etapa fundamental para abrir um bom novo negócio. Você já tem uma noção mais formada de que não importa qual seja o negócio que você inicie, ele sempre irá concorrer com outros que fazem a mesma coisa. E, você pode vencer a concorrência e fazer dinheiro se conseguir oferecer algo melhor e isso significa melhorar justamente oferecendo a deficiência dos outros. Ou seja, nessa etapa você já sabe qual é a dor do cliente.

Não importa se é um barbeiro, um açougueiro, o taxista, o entregador ou a farmácia – todos pecam em alguma coisa. Seja por incompetência, por não enxergar o problema, ou até mesmo para reduzir custos – o que importa é que seguindo as 4 partes anteriores você teve uma primeira percepção de que o cliente tem um problema hoje e que você pode resolver, oferecendo algo melhor.


Você deve focar nesses problemas e identificar, usando sua intuição, qual deles é o problema que você irá focar. No sistema ou no seu caderninho (se ainda não estiver usando o sistema), você deve anotar o problema do cliente que você achou mais importante. E, abaixo deles escreva “outros problemas” e liste os demais.

É importante você escrever isso porque esta é a maneira que usamos no nosso método para avaliar e criar bons negócios – anotamos tudo para poder voltar e rever sempre que aparecer alguma dúvida. E, isso é frequente, sempre voltamos para rever algo que pode ter passado desapercebido.


 

Como testar uma ideia de negócios se quero manter segredo da boa ideia?

Essa pergunta me veio à cabeça logo na primeira vez em que assisti uma rodada de apresentações de startups (pitches). Fiquei atônito ao notar a franqueza e exposição que cada um dos times mostrou sua ideia com alguns detalhes sensíveis sobre o negócio em público e sem medo. O que estava acontecendo?

Depois de muito aprender sobre empreendedorismo concordei com os profissionais mais experientes com uma afirmação que foi difícil, no começo, mas agora faz muito sentido: o sucesso não vem de uma boa ideia, mas de uma boa implantação e execução.

Para explicar melhor vou usar um caso em que vivi, décadas atrás. Com o surgimento das impressoras a laser (antes das a jato de tinta), vi uma oportunidade de usá-la para imprimir a foto, além do número do documento, do proprietário do cheque, ou seja, do titular da conta corrente. Isso foi numa época em que o cheque era o principal meio de pagamento. Fiz várias incursões para buscar um parceiro para a ideia. Não sei se por coincidência ou por má sorte, um outro especialista em TI também teve a mesma ideia e a registrou uma patente em nome do Banco das Nações, que utilizou como forma de marketing da segurança de seus cheques. O resultado é que a minha proposta de cobrar 0,1 centavo de dólar por cheque impresso e oferecer a todos os bancos virou pó. Mas, ao mesmo tempo, fiquei aliviado porque os smartcards tomaram lugar dos cheques (os conhecidos cartões de débito e crédito com chip), que desapareceram, assim como o referido banco, mas não sei por qual motivo.

Não posso negar que a perda de uma ideia dói, mas também não posso negar que um empreendedor não se faz com uma só ideia. E, mais importante que tudo isso: eu não implantei – o segredo do sucesso é a implantação. E, quem implantou, não o fez de forma lucrativa, usou como ferramenta de marketing, quando poderia ter sido usado como uma forma de obter altos ganhos rapidamente (milhões de cheques circulavam por dia naquela época). Assim, se a minha implantação foi nula (não fiz o que deveria ter feito), a implantação do outro também não foi bem feita (o negócio deixou de existir com o fim do cheque como algo relevante em termos de volume diário).

Um fator que ficou evidente, também, é o timing, ou seja, o momento ideal de aproveitar a oportunidade. Enquanto eu demorei meses (quase 1 ano) planejando e pensando, de forma discreta, o outro foi e fez. Outra vez, a implementação deve ser bem feita e, principalmente, feita na hora certa, senão a ideia fica velha.

Então, como fica a questão do segredo do negócio quando se está fazendo uma validação da ideia antes de abrir o negócio? Aqui temos um ponto absolutamente tranquilo porque você dificilmente irá inventar algo absolutamente novo, acredite que isso só ocorre uma vez em milhares ou milhões de negócios. Então, se você for a campo fazer uma validação, não tenha medo de contar o que está testando – só não conte como irá fazer a implementação do negócio. Explicando melhor, para validar um negócio há 2 maneiras: entrevistando pessoas para entender ou testando um protótipo ou modelo simplificado do produto ou serviço. Nos dois casos, se você estiver usando realmente os métodos de criação de startups, você não está testando se cumpre a necessidade do cliente, você está buscando compreender o job do cliente e se sua solução atinge ou não esse job.

Então, a ideia do negócio pode ser exposto, mas a implantação e execução, incluindo-se aí o job do cliente em que você está realmente vai atuar – isso sim, deve ser guardado com atenção.


 

Negócios em alta com pequeno investimento

Pensar em abrir um negócio a partir de 2020 com toda essa confusão causada pelas medidas de controle pandêmico e com pouco dinheiro é possível sim. Só que precisa um pouco de dedicação de tempo e isso é o que está sobrando agora, não é? Achei um site interessante sobre como fazer isso que mostra também 10 razões para abrir um negócio próprio. Mas tem um problema, assim como muitos outros sites, não mostra exatamente um passo-a-passo para abrir um negócio – esses sites focam muito nas questões burocráticas e pouco no negócio em si e como fazer um negócio que seja realmente lucrativo e valha a pena, na verdade ele sugere que você vá ao SEBRAE, e lá tem uma página que tem pelo menos300 sugestões de novos negócios.

Não há problema em você ir ao SEBRAE, procurar uma franquia, ou qualquer outra das opções sugeridas nesses sites e em um monte de outros, mas o problema é que tenho a impressão que eles estão vendendo um serviço para você e não exatamente orientando sobre como fazer para abrir um negócio voltado para resultados. Até mesmo o SEBRAE, que imaginamos ser altamente colaborativo para abrir empresas, termina cobrando por consultorias infindáveis seguindo roteiros que ninguém entende de onde vieram e publicando pesquisas que estão longe de ser científicas – essa afirmação não é trivial, as pesquisas científicas têm tanto valor que justifica serem publicadas em revistas científicas de renome (chamados Journals), e quase nada aparece sobre as suas pesquisas realizadas internamente.

Existe uma diferença entre abrir um negócio e começar uma empresa. Abrir negócio significa o negócio em si, ou seja, fazer algo que traz dinheiro e é diferente de começar uma empresa que significa registrar o CNPJ, cadastrar como Empresa Simples ou Micro Empreendedor Individual (MEI), contratar contador e toda a burocracia que vem junto com isso.

Nesse texto, vou explicar duas questões: mostrar os negócios em alta para o segundo semestre de 2020 com pouco investimento e o que posso oferecer para você abrir um negócio com pouco investimento sem que você abra sua carteira para pagar algo para nós.

Nesse ano e nos próximos a tendência natural é que surjam muitas oportunidades de negócio e a melhor forma de analisar se o negócio realmente é bom é seguir algumas dicas sobre oportunidades de negócio. Comece considerando que se o negócio é bom demais, para você ser vendedor deles, ela não deveria cobrar de você para começar a trabalhar nesse “grande e lucrativo mercado”, não é? Então, parece que o negócio é bom para quem vende a oportunidade e não há nenhuma certeza de que quem compra o kit inicial está, na verdade, transformando-se em um empresário de sucesso. Então, fuja de sites que prometem a você que terá sucesso com o negócio que eles vendem e, pior, para começar você precisa pagar ou comprar algo deles.

Então, o que oferecemos para você? Nosso propósito é desenvolver pessoas através do sucesso do seu negócio. Você não paga nada para começar seu negócio e seguindo nosso passo-a-passo e fazemos o melhor possível para ajudar você a ter sucesso. Nosso lucro virá depois que você já estiver faturando e estiver querendo dar um passo adiante e, então, você vai ter como pagar pelo nosso serviço especializado a partir do próprio negócio. Mas, isso é opção sua a partir do trabalho que entregamos a você antes, mostrando que sabemos o que estamos fazendo para ajudar você a ter sucesso.

Também, não faz o menor sentido você investir em burocracia para registrar corretamente uma empresa se ainda não sabe se ele vai realmente vingar e dar retorno. Não estamos sugerindo que você não pague impostos ou descumpra as obrigações de empresário, só acreditamos que já existem muitas pessoas que formalizaram (CNPJ, MEI, registro da Empresa Simples, etc) a empresa antes de validar se a empresa pode ser um bom negócio e só depois descobriram que gastaram demais para falgo que não deu certo.

Como funciona nossa plataforma?

A plataforma Newis.Cool funciona assim:

  1. Entre na nossa plataforma usando seu email (5 segundos) – clique no alto da página para entrar com o Google.

  2. Responda o questionário de competências empreendedoras (15 minutos) – serve para você saber seus pontos fortes e fracos e isso vai ser útil para você minimizar as deficiências e explorar melhor suas melhores competências

  3. Comece a criar seu negócio.

Não tem aula, tem teoria, não tem burocracia, CNPJ, contador, nada disso. Primeiro você desenvolve sua ideia de negócio, faz a validação do produto ou serviço que chegou a conclusão que vale a pena arriscar. Só então você usa o sistema para checar se vale a pena ou não você gastar tempo e dinheiro com o negócio. Aí, você começa a trabalhar e só então vai atrás de formalizar sua empresa. Fazendo assim você não gasta muito e só investe mais se realmente o negócio tiver boas chances de sucesso. Ajudamos você a tentar fazer tudo o que for possível fazer para não gastar antes de estar vendendo.

E, se você desistir, não nos deve nada a não ser saber que estaremos muito curiosos em saber o que deu errado. Queremos que nos conte porque não foi adiante, é justo? Porque não queremos que isso se repita com outra pessoa, e iremos pedir uma nova chance de tentar fazer você ter sucesso.

De onde veio essa plataforma

Ao longo de mais de 40 anos produzimos exclusivamente para empresas de grande porte simuladores e sistemas de apoio para a decisão de investimentos. O estudo para fazer os melhores trabalhos tinha o interesse de manter e aumentar o lucro dos nossos clientes que foram, principalmente, bancos e investidores.

Em 2005, optamos em utilizar os mesmos simuladores para ensinar administração e, para nosso espanto, vimos que as faculdades não ensinavam a criar e ter sucesso com negócios, elas ensinavam apenas a administrar negócios que já existiam. Elas ignoravam a existência do Empreendedorismo. Avancei muito na Universidade, chegando até a um pós-doutorado e alcancei o status de professor doutor em muitas universidades, até mesmo a Universidade de São Paulo (USP).

Mas, em 2018, resolvi mudar e fazer o correto. Em vez de ensinar, lançamos uma startup – abandonei minha carreira de professor definitivamente. E o propósito dessa startup é propósito é desenvolver pessoas através do sucesso do seu negócio. Traduzindo: queremos seu sucesso e para isso criamos um passo a passo para você ter sucesso com seu negócio. Mas, somos uma empresa e nosso lucro virá do que temos de mais nobre ainda, que é ajudar você a ter uma empresa com mais sucesso ainda, mas primeiro entregamos a você nosso passo-a-passo. A criação desse passo-a-passo usou o conhecimento já existente e aplicado para criar os melhores negócios do mundo e essa metodologia já é usada nas melhores universidades do país (saiba mais).

Esse passo-a-passo se resume em 2 etapas: concepção e execução.

Na primeira etapa, o passo-a-passo irá orientar você a testar até 10 ideias de negócio, uma por vez, até você encontrar uma que seja realmente perfeita para você – não existe um negócio perfeito para todos, cada negócio é perfeito para uma pessoa e só você tem como descobrir qual é, e nosso passo-a-passo ajuda você a resolver isso, com pouco ou nenhum gasto, depende das suas decisões sobre como vai validar cada etapa.

Na segunda etapa, você vai executar a criação do negócio, também usando um passo-a-passo, só que nessa segunda etapa você já estará testando o negócio no mercado, valendo faturar e, como consequência irá começar a formalizar sua empresa.

Veja bem, você só vai se preocupar com outras coisas depois de ter resolvido o que vem antes, e não o contrário.

Esse método é complexo e foi difícil de criar – investimos dois anos na nossa primeira etapa para oferecer a você esse serviço. Usamos nossos simuladores já testados, alguns estão em uso por empresas e universidades desde 1993 e ainda fazem sucesso entre alunos e professores. Fizemos tudo para você poder simular seu negócio antes de investir nele.

Hoje, não apenas pessoas como você estão usando, também temos startups de base tecnológica incubadas usando para alcançar o sucesso mais rápido. E, a quantidade de usuários não para de crescer. Nosso sucesso atual é fruto desse mesmo método, fomos nosso primeiro cliente.

Então, nossa proposta de negócios em alta para o segundo semestre de 2020 com pequeno investimento está na lista inicial de ideias que você já tem – não precisa mais que isso para começar a analisar passo-a-passo qual será o seu negócio de sucesso.

Clique e comece já: Entre com o Google

Retomando a explicação sobre a primeira etapa, que chamamos de concepção. Ela é dividida em 2 passos: Ideação e Definição.

A Ideação é uma sequência de passos para você descobrir um negócio que sirva para você, considerando o que você gosta de fazer e que seja potencialmente lucrativo a ponto de ser uma chance de um bom negócio. Você vai seguir o passo-a-passo para analisar cada ideia a partir da chance real e concreta de sucesso, não irá olhar opiniões fúteis dos outros – apesar de sermos metódicos, acreditamos, de verdade, que se conselho fosse bom, ele seria cobrado. Não damos conselhos, damos o esquema para você mesmo aprender a analisar e concluir por você mesmo se vale a pena continuar em a mesma ideia ou não.

A Definição é o passo mais importante e, mesmo sendo tão essencial, ajudamos você nessa decisão sem custo para você. Será o momento da verdade, que é quando sua ideia vai ser testada exaustivamente a ponto de já podermos, juntos, prever seu sucesso.

Mas, para saber mais sobre as outras etapas, comece já ou fale comigo.

A Newis.Cool é uma startup que nasceu incubada no SUPERA Parque Tecnológico e associada da EsalqTec, ambas incubadoras na Universidade de São Paulo. Possui e participou de registros de software no INPI com a USP e Meban Metodologia Bancária Ltda. Sua metodologia e sistemas são registrados como Propriedade Industrial no INPI.


 

5 ideias para negócios que poderiam ter sido suas


No Jogo de Startups você começa a entrar nesse mundo competitivo por investimentos e, para estar bem nisso, precisa começar bem e já competindo.

Que tal dar uma espiada nesses negócios para usar o Jogo de Startups para desenvolver a sua ideia de negócio? E, depois, chegar nos tubarões com uma proposta que encante esses investidores?

Quer entrar no jogo das startups?

Você quer saber quais são as ideias geniais que levaram investidores a colocar dinheiro no negócio? Veja isso!

200.000,00 é um bom começo!


R$ 250.000,00 para cortar o cabelo… tá bonito


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Dá uma olhada no que o Jogo das startups tem:

Não adianta você entrevistar centenas de pessoas para compreender a necessidade do cliente se não fizer isso direito. Sendo assim, se não for uma entrevista bem feita, é o mesmo que não fazer nada. Por isso, analisamos 4 parâmetros fundamentais que você deve ter em mente para saber se está fazendo algo direito ou só …

A Jornada do Comprador também é conhecida como Jornada do Cliente, mas isso é menos relevante. O que importa realmente é a sua definição. A Jornada do Cliente é o caminho que ele faz para resolver o que quer fazer. Isso abrange todo o seu processo que se iniciou no trabalho que quer realizar até …

Se você vai criar sua startup o melhor caminho é fazer isso na forma de um Projeto. Nesse texto eu explico como começar a criação do seu Projeto de Startup, passo a passo e sem mistério. E, no final, há alguns outros textos que vale a pena ler até porque a ideia da sua startup …


 

O que é Produto Mínimo Viável (MVP) e seus tipos


A maneira mais rápida de saber se sua startup está no caminho certo para o sucesso é testar o mercado. Para isso não é necessário oferecer o serviço ou produto já completamente pronto. Com certeza é menos arriscado fazer esse teste com um produto simplificado ou, até mesmo, inacabado e incompleto, mas que sirva para o teste, um MVP.

Essa ideia não é nova, vem sendo feito assim desde a Revolução Industrial, no final do século XIX. Entretanto, ficou popular quando Eric Ries publicou o livro Startup Enxuta. Na verdade, um dos livros clássicos mais importantes sobre empreendedorismo atualmente.

O que é Produto Mínimo Viável (MVP)

MVP é um protótipo de um serviço ou produto que tem a capacidade de demonstração a terceiros para a finalidade de validação da proposta de valor.

Ao se falar que é um produto mínimo, a suposição imediata é que existe um produto máximo. Mas, não é bem isso. Ao contrário, a ideia central é sobre a viabilidade de que o protótipo seja compreendido por alguma pessoa a quem é mostrado para uma pesquisa. Assim, uma outra forma de entender o que é o Produto Mínimo Viável é ser um protótipo, que é o que será o serviço ou produto final já com suas características mínimas possíveis e possível de ser rapidamente produzido ou testado com baixo custo. As principais características são consequências desses argumentos: baixo custo, rapidez de execução e facilidade de apresentação a terceiros.

Uma questão muito importante é que produto e serviços são exatamente a mesma coisa nesse raciocínio. O motivo é que o teste não é exatamente sobre o produto ou serviço, mas sobre sua capacidade de resolver algo que o possível cliente deseje fazer. O conceito de Job To Be Done está por trás dessa ideia toda.

O que se testa, então, é quanto a hipótese da sua startup está correta a ponto de pessoas desejarem comprar a solução que você está se propondo a vender.

Diferença entre protótipo e MVP

Entretanto, é necessário deixar claro que existe uma diferença entre protótipo e MVP. A diferença é que o protótipo é criado para finalidades internas, como ver se é possível sua criação, compreender o processo de funcionamento e outros atributos. Sua finalidade básica é a compreensão do que será o serviço ou produto antes de ir ao mercado verificar sua validade em ter valor para o cliente potencial. Essa etapa em que o rascunho do produto é testado internamente é também chamada de teste de mesa.

Resumindo, protótipo é um modelo do será o serviço ou produto final já com suas características mínimas possíveis e possível de ser rapidamente produzido ou testado com baixo custo. Adicionalmente, o MVP é um protótipo de um serviço ou produto que tem a capacidade de demonstração a terceiros para a finalidade de validação da proposta de valor.

Exemplo de MVP de serviço

Por exemplo, digamos que alguém perceba que as pessoas precisam de coisas durante a madrugada e estariam dispostas a pagar por alguém que vá buscar. O trabalho que elas querem resolver é buscar coisas a qualquer hora justamente porque não querem o incômodo de vestir uma roupa adequada, pegar o carro, estacionar, comprar, pagar, voltar para casa para, só então, usar o que está precisando.

Se você for pesquisar junto a potenciais clientes sobre um serviço que leve e traga coisas usando motocicletas, a sua pesquisa irá comprovar que o serviço mais adequado seria um serviço de motoboy que funcione 24 horas por dia.

Portanto, um MVP de serviços para testar o mercado seria lançar uma campanha para ver se um site com serviços de motoboy 24 horas teria ou não aceitação e que existem clientes interessados em pagar pelo serviço.

Mas, você não está com o negócio pronto porque não quer testar investindo muito dinheiro para montar uma central, com telefonista, com motociclistas aguardando os pedidos, com custo de aluguel, e muitos outros. Você estaria disposto a testar usando seu próprio telefone e acionando um ou dois motociclistas (ou mesmo você) para fazer o serviço? Se sim, esse é um MVP desse serviço.

Viu o erro no exemplo?

Entretanto, essa explicação não está muito correta. O problema dela é que ela está considerando apenas a solução que o cliente acha que é a melhor. Na verdade, se você pensa em testar essa ideia dessa forma, não faça isso. Vá atrás do que ele quer fazer, não da forma como ele resolve o problema agora.

Provavelmente, pessoas vão na internet e procuram por “serviço de motoboy”, achando que essa é a melhor opção. Note que o cliente procurou pela solução que ele acredita ser a melhor, ele não procurou por um serviço especializado em fazer a compra de um item específico.

Digamos que a sua pesquisa por problemas parta da hipótese da sua startup que é a necessidade das pessoas durante a noite ser atendida por um serviço de busca rápida. O conceito por trás disso não é o de um motociclista que faça uma compra, mas de pessoas que entendam de um determinado assunto o suficiente para você dar mais valor para o serviço.

O mesmo exemplo, só que correto

Então, supondo que você queira tomar uma sopa de galinha as 22 horas. Como mandar um motoboy resolver o seu problema? A solução que resolve o problema do cliente não é essa. A melhor solução seria se houvesse um serviço que resolva problemas de forma profissional que não se enquadrem no que você chamaria de rotineiro.

Essa é a proposta de valor de uma startup que conheço:

“Como funciona o Alfred? Simples! Você pede o que quiser, a gente busca e entrega aonde você estiver. Restaurante, supermercado, farmácia, pet shop, leva e traz ou qualquer outra coisa, é só pedir.” https://www.alfreddelivery.com/

Essa startup não se limita a serviços de motoboy. Inclui o que for necessário para atender o trabalho que o cliente quer realizar. Precisa de uma chave inglesa de madrugada? Liga no Alfred!

Usei esse exemplo para explicar que o MVP estava certo, mas o serviço a ser pesquisado não seria o que tinha proposta inicialmente de um serviço de motociclista. No caso de levar o cachorro no veterinário, uma moto não é adequada, simplesmente isso.

Então, estamos falando que o MVP faz sentido se você estiver testando realmente a sua proposta de valor. E, sendo assim, não faz diferença se é um serviço ou produto – o teste é o mesmo, só muda o seu MVP.

A propósito, um fundador dessa startup comentou comigo que durante o teste de validação da proposta de valor ele pessoalmente fez entregas.

Tipos de MVP

Já vimos que um Produto Mínimo Viável pode ser de um serviço ou de um produto. Entretanto, existem vários tipos diferentes de MVP que devem ser considerados. É comum que se considere somente a existência dos dois primeiros, por motivos de simplificação, mas a diferenciação em modalidades traz vantagens, conforme explicamos adiante.

Não devemos esquecer que qualquer que seja a sua opção de MVP, sempre é necessário pensar que o principal é não gastar muito para conseguir fazer o teste de mercado.




O que é MVP de Alta Fidelidade


  1. Descubra quanto os clientes estão dispostos a pagar por seu produto

  2. Encontre os primeiros usuários que serão seus primeiros clientes e ajude a divulgar seu produto

  3. Ajudá-lo a definir e otimizar sua estratégia de marketing, como sua proposta de valor, call to action e canais de comunicação

  4. Identifique as melhores estratégias de crescimento potencial




O que é MVP de Baixa Fidelidade


  1. Compreenda melhor os problemas do seu cliente

  2. Verifique o quão valiosa uma solução para este problema pode ser para os clientes

  3. Investigue se vale a pena resolver o problema ou não

  4. Explore que tipo de solução seria mais eficaz para o cliente


PROTÓTIPO DO MEU AVIÃO

Em alguns casos, o teste da validade da hipótese da sua startup precisa mostrar ao cliente uma função ou característica que exige muito mais esforço do que uma simples apresentação de conceito da proposta de valor que você pretende entregar ao cliente.

O MVP de alta fidelidade é o que possui todas ou quase todas as características e funcionalidades do produto ou serviço já acabado e pronto para comercialização. Sendo assim, é possível até que esse seja efetivamente o que será lançado no mercado depois dos ajustes feitos a partir de uma pesquisa de validação da solução proposta.

Esse MVP apresenta alto grau de detalhamento e inclui a maior parte ou todas as funcionalidades do serviço ou produto final, além de ter um grau de realismo e facilidade de utilização próxima do produto final.

Normalmente é mais caro em termos de gasto de tempo e dinheiro para sua produção e, por isso, é o resultado de pesquisas feitas anteriormente com um MVP de baixa fidelidade.

Modalidades de MVP

Você precisa saber quais são esses tipos para fazer uma escolha consciente porque em alguns casos da história de muitas startups, esse MVP acabou sendo o produto final diretamente e foi evoluindo de acordo com as novas percepções adquiridas junto aos clientes. O caso da Google é um exemplo disso porque muitas funcionalidades são testadas imediatamente nos seus sistemas e depois de algum tempo são ajustados, como foi com o sinal de Like (gostei).

O bom de fazer MVP para testes é que você pode chegar a ponto de fazer dois MVP de um mesmo produto e fazer um teste do tipo A/B, para perceber qual a preferência de seu público alvo. Entretanto, nesse caso, o ideal é que os dois MVP sejam da mesma modalidade porque senão você poderá estar testando preferência de MVP e não o seu serviço ou produto.

Wireframes

No meio de design, os MVP de interface são chamados wireframes. O motivo principal da sua criação é o de mostrar em uma tela o que será exatamente o produto final e é muito usado quando se tratam de aplicativos e softwares. A diferença para o produto final é que ele tem tudo para parecer o software já em funcionamento, mas são apenas as telas já no ambiente final (internet ou smartphone). Alguns softwares online como o Canva ajudam a fazer isso de maneira muito simples e sem necessidade de conhecer programação.

Um wireframe pode ser criado a mão, como se vê na figura, porque seu objetivo é analisar o funcionamento, características e facilidades de uso. É muito aplicado quando se deseja fazer uma análise de usabilidade e experiência do usuário (UX/UI). É ótimo para fazer testes de mesa, como um protótipo, mas, não muito bom para testar a aceitação em pesquisas de mercado. O maior atrativo para esse tipo de MVP é o baixíssimo custo e as telas podem ser feitas em papel.

Protótipo físico

Um MVP desse tipo é o produto já concretizado, não aquele que é feito em computador e mostrado como se fosse um filme sobre o produto. Por ser uma produção real de um único exemplar, o custo tende a ser alto. Entretanto, é um modelo que proporciona uma percepção real e verídica o suficiente para o entrevistado opinar com maior precisão. No ramo de confecções é normal fazer um protótipo inicial para testar opinião de consumidores antes da fase de produção.

Por causa dessa grande semelhança com o produto final, esse MVP é ótimo para fazer um teste de validação de proposta de valor. O problema é que não tem muito sentido quando se fala em serviços, serve mais especificamente para teste de produtos.

MVP de Imersão ou Realidade Virtual

Nesses MVP o uso de tecnologia mais avançada permite o entrevistado ter a vivência simulada do que será o serviço ou produto. Existem possibilidades muito interessantes nesse campo. A aplicação disso para serviços de viagens, por exemplo, pode ser realmente muito interessante

Em um congresso de simuladores e jogos na Austrália haviam simuladores desse tipo para o campo de batalha em que óculos de realidade virtual permitiam a percepção exata do que era o uso do armamento em demonstração. Essa modalidade também é chamada de Mágico de Oz por que é quase uma mágica poder ver algo que ainda não existe.

Essa modalidade é mais adequada para quando se está pesquisando por adequação da proposta de valor ao mercado e já se tem muita certeza sobre como vai ser o produto final. Isso serve para validar a proposta de valor.

Uma variante dessa modalidade é produzir um vídeo com a experiência que o usuário teria, mas não faz o mesmo efeito que a imersão. Entretanto, o vídeo pode ser reaproveitado posteriormente para fazer a demonstração do seu serviço ou produto já que é quase o produto pronto.

Concierge

Essa modalidade é parecida com a anterior (imersão) só que nesse caso o entrevistado sabe que quem está fazendo o protótipo funcionar não é um mecanismo do produto, mas uma pessoa que está simulando a execução. Um exemplo disso é quando alguém está demonstrando um serviço de informação pelo celular e em vez de existir um software funcionando, o que há é alguém em outro terminal digitando os dados para simular a resposta do sistema.

É muito comum esse tipo de simulação em startups quando uma equipe fica produzindo os dados enquanto algum sócio apresenta o produto na entrevista com o cliente potencial.

Essa modalidade é mais adequada para quando se está pesquisando por problemas e ainda não se tem muita certeza sobre como vai ser o produto final.

MVP Framentado (Piecemeal)

Essa modalidade é simulada como no de imersão e com geração de funcionalidades feitas fora do seu MVP, mas inclui serviços de terceiros como um software externo já existente para gerar as informações. Chamam também de front-end simulado.

A tela captura dados da bolsa simulando que o seu produto está gerando as informações

Crowdfunding

Além de ser uma forma de captar recursos, é uma maneira interessante de descobrir se existe mercado para seu produto. Uma vez eu usei esta forma para saber se haveriam pessoas interessadas em patrocinar o desenvolvimento de um sistema de autogestão de condomínios. O resultado foi impressionante o suficiente para eu ver que é um serviço completamente desinteressante e desisti da ideia. A oferta foi um investimento antecipado que valeria como encomenda para que os compradores pudessem pedir o que o sistema deveria fazer e abatessem o investimento no custo do produto final.

MVP de uma única funcionalidade

Nessa modalidade de MVP, o produto não é apresentado inteiro. Apenas se mostra uma das funcionalidades dele para ver se ela é eficaz em resolver o trabalho que o cliente precisa.

Uma livraria testou a ideia de ter uma lanchonete básica com café com lanches, doces e bebidas usando lugares onde as pessoas pudessem sentar. Outra funcionalidade do serviço que seria a ideia de folhear o livro antes de comprar estava presente, mas não estava sendo servido nada para os clientes. O teste da ideia foi sobre a permanência de clientes e, pelo que tudo indica, funcionou e muitas livrarias tornaram-se lanchonetes que vendem livros e livrarias que tem guloseimas, ao mesmo tempo.

Isca ou questão única

Em vez de testar todas as características de um produto, uma forma mais eficiente ainda para ter a noção exata sobre se o seu produto é eficaz para o cliente é fazer uma única pergunta.

Essa é, também, uma forma de captar contatos de pessoas interessadas no seu produto (leads). Isso pode ser feito de muitas maneiras como uma tela popup no meio de um texto, uma chamada para ação (Call to Action), ou até mesmo por um email, convite em rede social ou até em grupos de whatsapp.

O interessante é que você fica sabendo do interesse na sua solução de maneira muito econômica. Se você mostra em um texto ou vídeo o que você vai oferecer, mesmo sem ter o produto pronto, já está a coletar contados para futuros clientes e, também, a validar se o que oferece é interessante para pessoas.

MVP de audiência

Essa é uma das formas mais atuais de testar uma proposta de valor. Em vez de mostrar diretamente seu produto, você passa a criar audiência em torno da sua proposta de valor.

Crie um blog e poste sobre as dores e ganhos que o seu produto pretende acessar para minimizar o problema ou criar ganhos. Conforme você vai publicando seus posts, a audiência irá mostrar pela quantidade de acessos quais são os melhores argumentos e, principalmente, qual a importância que cada item tem efetivamente na mente do seu público alvo.

Outra forma de trabalhar o conceito de audiência é participar ou ser dono de um fórum de discussões ou grupo de afinidade. Não importa se é no Linkedin, no Facebook, no Whatsapp ou outra rede.

Página falsa

Há quem ache essa modalidade de MVP não é ética. Mas, o que realmente é incorreto seria a cobrança por um produto ou serviço que não será entregue. Nessa modalidade, é criada uma página falsa no sentido de oferecer algo que não existe. É boa no sentido de captar exatamente a intenção de compra, mas é ruim porque não entrega o que promete porque não vai adiante na efetivação da venda.

Esse tipo de página pode mostrar a sua startup sem problema porque no final, antes do que seria a tela de cobrança, é apresentada a mensagem de que seu pedido foi aceito e voltaremos a fazer contato quando for lançado.

A apresentação da página pode ser como uma página inicial de site ou uma landing page. O importante é medir as intenções de compra.

Dá uma ideia em quantidades de pedidos que teriam sido feitos. E, pode ser combinada com uma campanha paga em redes sociais e buscadores de internet (Google, Facebook, e outros) para ter noção do resultado que faria uma campanha verdadeira mais adiante.

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