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A verdade sobre o síndico profissional: o que ninguém te contou sobre o registro obrigatório no CRA

Se você é condômino e quer entender se o síndico profissional do seu prédio está realmente qualificado para o cargo, este artigo vai te abrir os olhos. As exigências que você verá a seguir se aplicam ao síndico profissional — aquele que recebe remuneração para administrar o condomínio, mesmo sem ser morador. Já o síndico que é também proprietário de unidade e foi eleito pelos condôminos não precisa cumprir essas obrigações, pois sua função decorre do direito de propriedade e não de atividade profissional remunerada.

Vamos explicar por que o registro no CRA é obrigatório para o síndico profissional, o que diz a nova legislação e como você pode verificar se quem administra o seu condomínio está legalmente habilitado.

Apesar de todas as evidências e exigências legais, ainda há síndicos profissionais que afirmam não ser necessário o registro no CRA, muitas vezes para “economizar” cerca de R$ 500 ao ano. Mas será mesmo esse o motivo? Ou o verdadeiro receio está na possibilidade de serem fiscalizados por um órgão federal, que exige responsabilidade técnica, conduta ética e comprovação de qualificação? O valor é pequeno diante do que está em jogo: a confiança dos condôminos e a integridade da gestão condominial.

Em vez de resistir, o síndico profissional deveria enxergar o registro no CRA como uma oportunidade de valorização. Estar devidamente registrado é, na prática, uma forma de certificação de qualidade: mostra para o mercado que ele atua com responsabilidade, está sujeito à fiscalização de um conselho de classe e respeita as normas da profissão. Esse diferencial pode ser decisivo na hora de conquistar a confiança de novos condomínios e justificar honorários mais condizentes com a complexidade do trabalho.

O que diz a nova resolução do CFA

Muita gente ainda acredita que o síndico profissional não precisa ter registro no Conselho Regional de Administração (CRA). Esse equívoco é comum, mas desde a publicação da Resolução Normativa CFA nº 664/2025, essa dúvida foi definitivamente esclarecida: é obrigatório o registro para todos os que exercem ou exploram profissionalmente a atividade de síndico.

Rosely Schwartz, especialista em administração condominial, ressalta que a nova norma elimina qualquer brecha para interpretações dúbias e reforça a segurança jurídica na contratação desses profissionais: “O condomínio está contratando uma pessoa para administrar milhões em patrimônio, cuidar de funcionários, de contratos e de segurança. Como essa pessoa pode exercer isso tudo sem um registro profissional?”. (CFA)

A resolução do CFA revogou e substituiu a anterior (RN nº 654/2024), trazendo mais clareza sobre as situações que exigem o registro. A regra é simples: se o síndico exerce a função de forma remunerada, de modo contínuo e profissional, ele precisa estar inscrito no CRA do seu estado. Não importa se é contratado por uma administradora, por um grupo de condôminos ou diretamente pelo próprio condomínio.

Síndico profissional é profissão regulamentada

Isso não é novidade em outras áreas. Um contador só pode exercer legalmente se tiver registro no CRC. Um advogado precisa estar inscrito na OAB. Um engenheiro só pode atuar se estiver registrado no CREA. Por que com o síndico profissional seria diferente?

O síndico profissional atua como gestor: planeja, organiza, dirige e controla as atividades do condomínio. Ele administra contratos, gerencia equipes, fiscaliza obras, presta contas e toma decisões financeiras importantes. Exercer essa função exige preparo técnico e responsabilidade.

O registro protege você e o seu patrimônio

O registro no CRA também protege você, condômino. É ele que garante que o síndico profissional está sujeito a normas, fiscalização e penalidades em caso de falhas ou má gestão. Se houver problemas, você terá a quem recorrer.

Além disso, o registro demonstra que o síndico está comprometido com a legalidade e com a ética profissional. Caso ele não tenha formação em Administração, precisa contratar um responsável técnico devidamente registrado para assumir essa responsabilidade perante o CRA.

CNAE correto para formalizar a atividade

O CNAE (Código Nacional de Atividades Econômicas) correto para o síndico profissional é o 68.22-6/00. É esse o código que reconhece a atividade de sindicância profissional perante a Receita Federal. Ele permite que o serviço seja formalizado, com emissão de nota fiscal e recolhimento de tributos de forma regular.


sindico profissional

Resumo prático para quem quer fiscalizar

  • Síndico profissional deve ter registro no CRA;

  • Se for empresa, deve ter um responsável técnico também registrado;

  • O CNAE correto é o 68.22-6/00;

  • Atuar sem registro pode configurar exercício ilegal da profissão.

Assim como o contador precisa ter registro no CRC e o engenheiro no CREA, o síndico também deve estar legalmente habilitado. Não se trata de burocracia: é uma proteção para você e para o condomínio como um todo.

CNAEs que não fazem sentido para o síndico profissional

Alguns códigos são usados de forma equivocada e podem indicar que o profissional está tentando fugir da regulamentação. Entre os principais erros, destacam-se:

  • 8112-5/00 – Condomínios prediais: administraçãoEsse código é indicado para empresas administradoras de condomínios, e não para síndicos profissionais atuando individualmente. Seu uso pode causar confusão e até impedir o registro no CRA.

  • 7490-1/04 – Atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliáriosAinda mais distante da realidade condominial, esse CNAE não tem relação direta com as funções de um síndico. Não se trata de intermediação de serviços, mas de gestão direta do patrimônio coletivo.

A escolha errada do CNAE pode gerar problemas com a Receita Federal e com o próprio CRA. Fique atento: o síndico precisa estar enquadrado corretamente para prestar um serviço seguro e legal.

Por que o condomínio deve evitar síndicos não registrados

Contratar um síndico sem registro é uma escolha arriscada. Ele pode até parecer experiente, mas sem estar inscrito em um conselho profissional, não existe garantia de que tenha qualificação formal nem que cumpra normas técnicas e éticas.

O problema não é só do síndico: é do condomínio. Um profissional não registrado pode assinar documentos, representar o prédio e tomar decisões financeiras sem nenhum controle externo. Isso abre brechas para prejuízos e dificulta qualquer tentativa de responsabilização.

Você tem o direito e o dever de fiscalizar

Como condômino, você não apenas pode, como deve saber quem está administrando seu patrimônio. Verifique se o síndico profissional do seu prédio está devidamente registrado no CRA e se a atuação dele cumpre os requisitos legais. Administrar um condomínio é um serviço técnico, que exige qualificação e responsabilidade.

Se você deseja entender melhor como fiscalizar a gestão do seu condomínio e identificar sinais de irregularidade, recomendamos o curso "Fiscalize seu Condomínio". Com ele, você aprende a ler documentos, reconhecer erros e exigir a transparência que o seu condomínio merece.




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